A forma de consumo foi uma das principais mudanças que 2020 trouxe ao mundo. As pessoas passaram a incorporar novos hábitos, adquiriram novos comportamentos e, com isso, mudaram sua maneira de consumir das empresas. Os consumidores demonstraram resiliência e se adaptaram ao momento, mas a hora é de as marcas assumirem novos papéis e se posicionarem de forma diferente na sociedade.
Pensando em auxiliar as organizações a se encaixarem nos novos modelos, a Euromonitor anunciou 10 tendências globais de consumo para este ano.
Confira:
1. Reconstruir melhor
Os consumidores estão cada vez mais atentos a empresas que contribuem para a sociedade e para o meio ambiente. Por isso, as organizações devem focar seus esforços em mostrar seu propósito e atuar de forma responsável e sustentável. A Euromonitor indica que isso é uma forma de reconstruir melhor e obter resultados positivos no tripé da sustentabilidade: pessoas, planeta e lucros.
2. Desejo por conveniência
Agora é hora de as empresas adaptarem suas operações e desenvolverem uma experiência do cliente se baseando na conveniência. E isso terá um grande peso nas decisões de compra, afinal, todos sentem falta de comodidades que antes passavam despercebidas no seu dia a dia. A consultoria sugere que as organizações testem operações de autoatendimento, sem contato ou autônomas, além de repor estoques e efetuem entregas usando códigos QR, por exemplo. O objetivo é realizar iniciativas que atendam às novas rotinas de consumo e tragam agilidade à jornada de compra em todos os canais.
3. Locais abertos são refúgios
Com as restrições de reuniões e momentos recreativos em espaços fechados, os consumidores procuram um “oásis ao ar livre” (como relatado pela Euromonitor) para se sentirem mais seguros e à vontade fora de casa. Por isso, as empresas precisam pensar em estratégias para desenvolver produtos e serviços para oferecer essa tranquilidade às pessoas. Organizações de setores de lazer e entretenimento podem buscar novos modelos de negócios para trazer bem-estar, já que agora isso é prioridade na vida de muitos.
4. Realidade figital
Muito tem se falado sobre o mundo figital, a união entre o físico e o digital. Esse modelo híbrido se transpõe para as mais diversas experiências, como trabalhar, fazer compras, encontrar-se com os amigos de forma virtual. Dessa forma, as ferramentas digitais serão fatores determinantes nas rotinas das empresas. Isso porque é essencial pensar na integração de processos virtuais a locais físicos e experiências presenciais. Segundo a Euromonitor, “as empresas poderão desenvolver uma estratégia de Realidade Figital baseada em aplicativos que viabilizarão experiências virtuais no local físico e firmar parcerias com fornecedores de tecnologias para recriar a experiência da visita na casa do cliente. As empresas que oferecerem experiências seguras e incríveis através de vários métodos e plataformas atrairão clientes fiéis.”
5. Otimizando o tempo
A diferente distribuição do tempo trouxe mais flexibilidade às agendas das pessoas. Mas a necessidade de otimizar o tempo se tornou um problema a ser resolvido pelas empresas. Elas devem atuar como parceiras para ajudar os consumidores a se adaptarem a um novo modo de vida. Além disso, essa flexibilidade mudará o modelo de operação das organizações, que deverão adotar uma cultura de serviços disponíveis 24 horas.
6. Inquietos e rebeldes
2020 deu início a uma crise de confiança. Os consumidores estão cada vez mais desconfiados dos líderes, da mídia e do conteúdo da internet. Essa é uma chance de as empresas orientarem seu marketing a agir de forma mais assertiva nas redes sociais, por exemplo, combatendo a desinformação e dando voz às pessoas nas diferentes plataformas.
7. Novas prioridades: segurança e higiene
O novo movimento pelo bem-estar traz obsessão pela segurança e cuidados redobrados. Os consumidores, dessa forma, estão em busca de soluções que não demandem contato físico e exposição. As organizações que implementarem inovações e medidas de segurança robustas devem ganhar mais destaque em 2021. Isso traz à luz a necessidade de priorizar as vendas online e operações autônomas para se tornar uma marca confiável e segura.
8. Abalados e reflexivos
Um novo comportamento dos consumidores aparece devido à crise do novo coronavírus. Testando a resiliência psicológica das pessoas, agora elas buscam uma vida mais plena e equilibrada. As empresas, nesse contexto, precisam oferecer serviços que auxiliem na promoção do bem-estar psicológico e autoconfiança. Há uma grande demanda por experiências orientadas ao autoperfeiçoamento, desenvolvimento de habilidades e resiliência financeira.
9. A ordem é pechinchar
A mentalidade de recessão financeira é uma realidade na vida das pessoas, que estão mais cautelosas em relação ao seu consumo e ao seu dinheiro. Eles estão em busca de produtos que tragam valor agregado, que sejam acessíveis e sem redução da qualidade. Uma abordagem interessante a ser implementada pelas empresas é oferecer serviços e pacotes premium que mostre seu valor e desperte empatia nos consumidores. É importante considerar reformular portfólios, canais de distribuição, promoções e ofertas para se adaptar a essa tendência.
De acordo com a Euromonitor, “não existe uma abordagem aplicável a todos os casos. As marcas devem encontrar soluções inovadoras para recuperar valor e otimizar a equação preço-valor”.
10. Novos espaços de trabalho
O momento trouxe uma necessidade de recriar o ambiente do escritório a distância. Aliás, a expressão “out of office” (fora do escritório) tem um novo significado. Mas isso também traz suas desvantagens aos consumidores, que estão à procura de uma forma de equalizar a vida profissional e pessoal. Assim, as organizações podem estimular as melhores práticas no home office, recriando as suas experiências. Por exemplo, as decisões de compra de roupas de trabalho, cosméticos e acessórios mudaram e se basearão mais na informalidade. Os restaurantes, por sua vez, poderão trazer novas formas de consumir os alimentos e criar jantares em casa, oferecendo novos momentos fora do trabalho.
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